A Experiência da Dupla Fenda

A Experiência da Dupla Fenda e Sua Importância para a Física Quântica e a Lei da Atração

Thomas Young realizou a experiência da dupla fenda pela primeira vez em 1801, marcando um dos eventos mais fascinantes e reveladores da física. Young foi um físico inglês que objetivava apoiar a teoria de que a luz era uma onda e rejeitar a teoria de que a luz era composta por partículas. Ou seja, ele pretendia provar a natureza ondulatória da luz com essa experiência. No entanto, no século XX, cientistas expandiram essa investigação para explorar o comportamento das partículas subatômicas. Os resultados dessas experiências não só revolucionaram nossa compreensão da física quântica, mas também abriram portas para discussões filosóficas e práticas sobre a natureza da realidade, incluindo o popular conceito da Lei da Atração.

 

A Experiência da Dupla Fenda

Young projetou um feixe de luz sobre uma placa com duas fendas paralelas. A luz que passava pelas fendas se projetava em uma tela posicionada atrás da placa. Ele esperava, de acordo com a física clássica que aparecessem duas linhas de luz na tela, correspondentes às duas fendas. No entanto, ele observou um padrão de interferência, caracterizado por uma série de faixas claras e escuras. Esse padrão só poderia ser explicado se a luz se comportasse como uma onda, com as ondas de luz das duas fendas interferindo entre si.

 

A Extensão para a Física Quântica

No início do século XX, físicos como Albert Einstein e Niels Bohr, exploraram as implicações do experimento da dupla fenda para partículas subatômicas, tais como elétrons. Eles realizaram o experimento com elétrons em vez de luz e os resultados surpreenderam. Isso porque mesmo disparando os elétrons um de cada vez, ainda assim surgiu um padrão de interferência na tela. Dessa forma, isso sugeria que cada elétron se comportava como uma onda, interferindo consigo mesmo. Uau!

O Colapso da Função de Onda

Então esses cientistas  tentaram observar em qual fenda o elétron passava e se o padrão de interferência desaparecia, e os elétrons se comportaram como partículas, criando duas faixas distintas na tela. Esse fenômeno indicava que o simples ato de observar ou medir uma partícula alterava seu comportamento ficando conhecido como “colapso da função de onda”.

A Interpretação de Copenhague

Niels Bohr e Werner Heisenberg propuseram a interpretação de Copenhague, sugerindo que as partículas subatômicas existem em um estado de superposição até serem observadas, inferindo papel determinante para o “observador”. Em outras palavras, um elétron pode estar em múltiplos estados ou locais ao mesmo tempo até que uma medição seja feita. Ou seja, o observador exerceria papel fundamental no comportamento das partículas. Esse conceito é desafiador e fundamental para a física quântica e tem implicações profundas para a nossa compreensão da realidade.

 

Importância para a Física Quântica

A experiência da dupla fenda é crucial para a física quântica porque demonstra a dualidade onda-partícula da matéria. Ela mostra que as partículas subatômicas podem se comportar tanto como ondas em algumas condições e como partículas em outras. Portanto isso significa que no mundo quântico, há possibilidades infinitas! Além disso, a dupla fenda destaca o papel do observador na determinação do estado de um sistema quântico. Esse fenômeno é central para muitos dos princípios e paradoxos da mecânica quântica, incluindo o famoso paradoxo ou gato de Schrödinger, que ilustra a superposição de estados quânticos. O físico austríaco Erwin Rudolf Josef Alexander Schroedinger, propôs o experimento imaginário do gato de Schrödinger com o objetivo de mostrar como funciona o Princípio da Incerteza no mundo quântico.

Paradoxo ou gato de Schrödinger

O experimento consiste em colocar um gato dentro de uma caixa fechada. Dentro da caixa junto com o gato é colocado: um frasco contendo um gás venenoso, um elemento radioativo emissor de partículas alfa com um dispositivo detector de radiação e um martelo. Assim que fosse detectada ao menos um a partícula alfa, o martelo seria acionado para quebrar o frasco do gás venenoso matando o gato.

Mas suponhamos que exista 50% de chance de liberação da partícula mortal e 50% de chance de não liberar. Se ele não libera a partícula, teremos como resultado do experimento um gato vivo. Porém, se a partícula for liberada, o gato morre! Por outro lado, a única forma de sabermos o resultado do experimento é se abrirmos a caixa. Portanto, para a mecânica quântica o gato pode estar  nos 2 estados, vivo e morto

De acordo com o Princípio da Incerteza de Heinsenberg, na mecânica quântica não é possível fazer uma medida sem interferir nos resultados dessa própria medida. Essa é a diferença principal entre a mecânica quântica e a mecânica clássica onde nesta última, poderíamos tranquilamente abrir a caixa para ver o que aconteceu ao gatinho.

A Lei da Atração

A Lei da Atração é um conceito popular na filosofia do pensamento positivo, sugerindo que pensamentos e intenções podem influenciar a realidade. Podemos afirmar que a experiência da dupla fenda deu origem ao conceito e difusão da chamada “Lei da Atração. De acordo com essa lei, uma pessoa pode materializar seus desejos apenas visualizando-os. Embora muitas das alegações em torno da Lei da Atração sejam pseudocientíficas, alguns argumentam que os princípios da física quântica, como o papel do observador e a superposição de estados, oferecem uma base científica para essa filosofia.

Conexões Entre Física Quântica e Lei da Atração

  1. O Papel do Observador: Na física quântica, o observador é crucial para determinar o estado de uma partícula. Da mesma forma, na Lei da Atração, acredita-se que o foco mental e a intenção do indivíduo podem influenciar a realidade. Embora a controversa correlação direta entre observação quântica e manifestação de desejos, a ideia de que a percepção e a intenção podem moldar a experiência é um ponto de convergência.
  2. Superposição e Potencialidades: A superposição na física quântica sugere que partículas podem existir em múltiplos estados simultaneamente até serem observadas. Na Lei da Atração, a mente é vista como capaz de acessar múltiplas realidades ou potenciais futuros. A prática de visualizar desejos específicos é comparada à colapso de uma função de onda para um estado desejado. Isso se justifica na suposição de que todas as opções estão disponíveis no universo, bastando acessá-las através da observação ou visualização.
  3. Interconexão e Unidade: A teoria da Lei da Atração defende que tudo no universo está interconectado, um conceito chamado de entrelaçamento ou emaranhamento quântico. Como tudo está interconectado, partículas entrelaçadas influenciam instantaneamente umas às outras, independentemente de tempo e distância sendo essa interconexão interfere em pensamentos, intenções e ações.

 

Ceticismo e Controvérsias

É importante reconhecer que a maioria dos físicos e cientistas não aceita a Lei da Atração como uma extensão legítima da física quântica. A mecânica quântica lida com fenômenos em escalas subatômicas e não se traduz diretamente para a experiência cotidiana de forma que sustente as reivindicações da Lei da Atração. Por conta disso,  a Lei da Atração carece de evidência empírica robusta em muitos aspectos, daí o fato de ainda ser considerada pseudociência.

A Lei da Atração detém milhões de defensores pelo mundo, celebridades e pessoas formadoras de opinião que alegam terem alcançado suas conquistas com a aplicação da Lei da Atração (leia nossos artigos sobre o assunto).

 

Considerações Filosóficas

As conexões entre a física quântica e a Lei da Atração, apesar de todo o ceticismo científico, levanta questões filosóficas interessantes sobre a natureza da realidade e a influência da mente. A física quântica desafia nossas intuições clássicas e sugere que o universo pode ser muito mais interconectado e influenciado pela consciência do que se imaginava. Portanto, esse reflexão filosófica inspira novas formas de pensar sobre o papel da mente na construção da nossa realidade, merecendo maior aprofundamento da questão.

O experimento da dupla fenda despertou um movimento filosófico do Novo Pensamento e da Lei da Atração que ganhou destaque ao longo das últimas décadas, e que teve seu ápice com o lançamento do filme “O Segredo”, revelando ao mundo novos gurus do pensamento como Rhonda Byrne e Bob Proctor entre outros.

De qualquer forma, as discussões e controvérsias que envolvem as conexões entre a física quântica e a Lei da Atração, demonstram o quanto o assunto é intrigante e mobiliza pessoas. Talvez porque personifique a busca do homem por respostas sobre os mistérios do universo e a razão das coisas, traduzindo conceitos complexos de forma mais prática e única, inspirando todo o potencial da humanidade em buscar desvendar mistérios, potencial esse que é a mola propulsora de toda ciência já produzida.

 

Conclusão

A experiência da dupla fenda é um pilar da física quântica, destacando a dualidade onda-partícula e o papel do observador. Embora suas implicações científicas sejam claras e revolucionárias, a aplicação desses conceitos para justificar a Lei da Atração permanece controversa. No entanto, é vasto o terreno de exploração filosófica sobre a realidade e a potencial influência da consciência sobre o mundo.

Até mesmo pessoas comuns e desinteressadas sobre o assunto se sentem atraídos em saber mais sobre o potencial criativo dos pensamentos e emoções. Será que eles são realmente capazes de emitir energias criadoras ou atrativas de eventos, pessoas e circunstâncias para nossa vida? A experiência da dupla fenda de certa forma, acendeu a luz verde para tudo isso!

É importante continuar investigando e debatendo essas questões, pois somente assim expandimos nosso entendimento não apenas da física, mas também das possibilidades inerentes ao pensamento e à percepção humana.

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