O que são Arquétipos?
O psicólogo Carl Jung definiu o conceito de arquétipos como figuras, cores, símbolos e padrões de comportamento universais existentes no inconsciente coletivo. O poder dos arquétipos vem sendo explorado pela humanidade desde os primórdios. Na antiguidade, a roupas na cor roxa era quase exclusiva de reis e rainhas pois somente eles tinham os meios de conseguir tecidos com essa cor em seus mantos. Dessa forma, a cor roxa ou púrpura, virou um arquétipo que remete a poder e riqueza e posteriormente, representou a cor da transformação.
Exemplos de Arquétipos
Os arquétipos representam temas comuns e recorrentes existentes no cotidiano da humanidade desde os primórdios e funcionam como formas de ser, situações e idéias que permeiam a psique humana coletiva através das experiências. Eles funcionando como uma linguagem visual que se reporta a significados similares em diferentes culturas e épocas, comum de todo o inconsciente coletivo da humanidade.
Os arquétipos estão presentes na jornada humana no planeta e se manifestam na mitologia, nos contos de fadas, nas artes e nos sonhos, influenciando profundamente a maneira como percebemos e interagimos com o mundo ao nosso redor.
Seguem alguns exemplos de como a linguagem coletiva dos arquétipos reportam a idéias e padrões de comportamentos semelhantes:
- O Herói: Representa a coragem, a superação de desafios e a busca pela justiça.
- A Sombra: Simboliza os aspectos reprimidos da personalidade, os medos e desejos ocultos.
- A Grande Mãe: Encarnada como a figura materna, representa o cuidado, a nutrição e a criação.
- O Sábio: Incorporado pelo ancião ou mentor, simboliza sabedoria, conhecimento e orientação.
Influência dos Arquétipos no comportamento humano
Os arquétipos exercem uma poderosa influência na cultura e no comportamento das pessoas. Isso porque eles moldam narrativas, inspiram heróis literários e cinematográficos, e até influenciam a publicidade e o marketing. Portanto os arquétipos são frequentemente utilizados em campanhas publicitárias para associar produtos e serviços às idéias primordiais representadas por eles. Por exemplo, propagandas de carros esportivos frequentemente utilizam algum arquétipo do herói para associá-los à ideia de conquista e aventura.
Os Arquétipos e a Psicologia
A psicologia utiliza-se dos arquétipos para melhor compreensão do comportamento humano. Eles fornecem uma estrutura para a análise dos sonhos, das fantasias e dos comportamentos inconscientes. Terapeutas que atuam na linha terapêutica de Carl Jung, frequentemente exploram os arquétipos presentes nos sonhos e relatos pessoais de seus pacientes para ajudá-los a compreender seus conflitos internos e promover o crescimento pessoal e consequentemente ter sucesso.
Os arquétipos funcionam como uma força poderosa na psique humana, na medida em que a idéia que transmitem são captadas pelo nosso subconsciente que reage de forma instintiva acionando nossas memórias e emoções associadas no inconsciente coletivo de acordo com o arquétipo. Portanto, os arquétipos contribuem para moldar nossas percepções, comportamentos e culturas. Eles oferecem um vínculo entre o passado e o presente, entre o individual e o coletivo, proporcionando uma rica teia de significados e respostas. Estas respostas se manifestam em pensamentos, emoções e comportamentos. Compreender os arquétipos e seu impacto pode enriquecer nossa auto-consciência e melhorar nossa capacidade de se conectar com os outros e com nós mesmos.
Arquétipos na Arte e na Literatura
Os arquétipos também são frequentemente utilizados na arte e literatura, seja para criar personagens ou histórias que entrem em ressonância com público. Os filmes “O Senhor dos Anéis” e “Harry Potter” são exemplos de arte visual embasada em obras literárias que são riquíssimas em arquétipos, tais como o herói em busca de conhecimento e o mentor sábio que guia e orienta.
Como Ativar os Arquétipos na Sua Vida
Como vimos, os arquétipos são padrões universais de comportamento e símbolos presentes no inconsciente coletivo. Portanto, eles constituem poderosas ferramentas para o autoconhecimento e crescimento pessoal. Muitas pessoas lançam mão de arquétipos como forma de conectar com emoções, idéias e comportamentos alinhados aos seus propósitos de vida. Ativar (usar) um arquétipo é simples, contudo, é necessário que você busque conhecer todos os aspectos do arquétipo desejado, pois eles tem seu lado luz (lado positivo) e sombra (lado negativo). Aqui estão algumas estratégias para ativá-los em sua vida:
Passo 1: Identifique os Arquétipos Relevantes
O primeiro passo é identificar quais arquétipos são mais relevantes para você. Isso pode ser feito através de reflexão pessoal, análise de sonhos ou consultas com um terapeuta junguiano. Pergunte-se quais temas recorrentes e figuras simbólicas aparecem em sua vida e em seus pensamentos. Alguns exemplos:
- O Herói: Você se vê frequentemente em situações onde precisa superar desafios? Existem vários arquétipos que remetem à idéia de coragem, força e heroísmo como Hércules por exemplo. O lado luz de Hércules era a força, beleza e coragem, entretanto, seu lado sombra (excesso de vaidade, atração por confusão e conflitos) também pode vir a ser ativado de acordo com o lado sombra da psiqué de quem está usando.
- A Grande Mãe: Você sente uma forte inclinação para cuidar dos outros?
- O Sábio: Busca continuamente conhecimento e entendimento profundo?
- Formas e Cores: Formas e cores também constituem arquétipos posto que desde o início da humanidade cada forma e cor foram associadas a situações, virtudes, fraquezas e outras nuance
Passo 2: Reflexão e Meditação
Reserve um tempo para refletir sobre os arquétipos que você identificou, se analisou os prós e contras do lado luz e sombra do arquétipo. Realize meditação guiada e visualizações podem ser úteis para explorar esses símbolos e suas implicações em sua vida. Visualize-se incorporando as qualidades do arquétipo e observe como isso muda sua perspectiva e suas ações.
Passo 3: Estudo e Pesquisa
Aprofunde seu entendimento sobre os arquétipos através do estudo. Leia livros sobre a psicologia junguiana, mitologia e histórias que exemplificam os arquétipos que você deseja ativar. Entender a história e o contexto desses arquétipos pode proporcionar insights valiosos.
Passo 4: Incorpore a Simbologia Arquétipo no seu dia a dia
Incorpore símbolos dos arquétipos em sua vida diária. Isso pode incluir o uso de talismãs, amuletos ou decoração de sua casa com imagens que representem os arquétipos. Esses símbolos podem servir como lembretes constantes das qualidades que você deseja cultivar.
Um forma de ativar um arquétipo é usar a imagem do mesmo na tela do celular, em forma de jóias ou bijouterias, objetos de decoração como esculturas e quadros, estampa de almofadas etc.
Passo 5: Autoconhecimento e Desenvolvimento Pessoal
Trabalhe continuamente no seu autoconhecimento e desenvolvimento pessoal. Os arquétipos além de símbolos de poder e persuasão são ferramentas para explorar e integrar diferentes aspectos de si mesmo. Esteja aberto a crescer e mudar à medida que você trabalha com esses padrões. Observe seu comportamento ou fatos que passem a acontecer com você após ativar um arquétipo e desative-o ou reforce a ativação sempre que precisar ajustar seus resultados.
Passo 6: Interação com Outros
Observe as interações com pessoas que exemplificam certos arquétipos pois eles podem oferecer valiosas lições e insights. Esteja atento aos papéis que você e os outros desempenham em suas vidas e como esses papéis se relacionam com os arquétipos.
Por exemplo, se deseja mais sabedoria, aproxime-me e busque conviver com pessoas que sábias, que tenham conhecimento a lhe oferecer, que tenham algo para lhe ensinar sobre a vida e que você deseje aprender.
Conclusão
Ativar os arquétipos em sua vida é um processo contínuo de exploração e integração. Sempre que você identificar e trabalhar conscientemente com esses padrões universais, você pode acessar uma fonte profunda de sabedoria e força interior. Esse processo pode levar a uma vida mais rica, significativa e alinhada com seu verdadeiro propósito.
Sumário
Toggle